Senadores criticam impacto da reforma tributária e defendem ajustes para estados e municípios

Em sessão plenária, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) criticou a reforma tributária (PLP 68/2024), destacando que o modelo de tributação baseado no consumo prejudica estados com baixa densidade populacional, como Mato Grosso, maior produtor de commodities do país. Ele defendeu simplificação do sistema para aumentar a arrecadação sem prejudicar os estados produtores e também propôs apoio aos municípios em situações emergenciais, por meio de uma PEC que permitiria flexibilidade no uso de receitas em casos de calamidade.

Outro senador, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), expressou preocupação com a complexidade e os altos impostos previstos na reforma, com taxas de IVA entre 26% e 28%, contrastando com alíquotas muito menores em outros países. Guimarães votou contra as mudanças até o momento, criticando a velocidade com que a reforma tem sido aprovada e defendendo uma análise mais cuidadosa pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para evitar impactos negativos na economia brasileira.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) também defendeu que a regulamentação da reforma passe pela CAE, ressaltando a importância de discutir temas como a desoneração da folha de pagamento e o impacto no Simples Nacional, sistema fundamental para pequenas empresas. Ele alertou que a reforma pode afetar a competitividade de empresas optantes pelo Simples, pedindo um debate mais aprofundado para ajustar o projeto antes da aprovação final.

Fonte: Senado